sexta-feira, 30 de maio de 2008

Arte educação para comunidades carentes

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Sou licenciada em Artes Cênicas pela UFBA (Universidade Federal da Bahia) desde 2000 e venho trabalhando em escolas públicas desde 2001 aproximadamente, venho percebendo ao longo desses anos que esses processo de ensino-aprendizagem parte de uma sedução, ou seja, o professor-mediador deve em primeira instância seduzir este educando, trazê-lo para perto de si, num elo de respeito e até de amizade, pois se assim não for, ele trava e sai do processo, existem várias maneiras de "sair" do processo, por meio de rebeldia, evasão, violência com os colegas e com o mediador, desprezo pela matéria e/ou professor mediador. Mas essa conquista, essa sedução não é só no inicio das aulas, como eu pensava inicialmente, é uma conquista diária.
Muito tem se discutido e pensado a respeito da educação, mas as artes ainda estão relegadas a segundo ou terceiro plano na educação, o que é um erro, comprovei e outros antes e depois de mim fizeram a mesma constatação, de que a arte e mais especificamente o Teatro e a dança são excelentes formas de encontro com o mundo real, com as emoções, a sensibilidade e relações intra e inter pessoais. O que realmente me pergunto é: quando será que os governantes e a sociedade em geral vão enxergar isto?
O padre Anchieta foi o primeiro a utilizar o teatro como recurso didático aqui entre nós. Sabemos, no entanto, que o teatro existe, pelo menos no mundo ocidental, desde a Grécia antiga, onde alcançou um notável crescimento com as tragédias de Sófocles, Esquilo e Euripedes. Os gregos, muito bem representados por Aristóteles em sua obra A poética estudaram e deixaram excelentes exemplos para a nossa sociedade de como a cultura, o esporte, a cidadania, as ciências são importantes para o desenvolvimento da humanidade.
Hoje, na era da informática, onde cada vez mais, as pessoas ficam distantes umas das outras, onde a boa conversa olho no olho é cada vez mais rara, substituída pelo computador e também pela T.V onde passamos horas preciosas do nosso dia, sem falar em outros prazeres como os bares, shows, etc. será que não estamos deixando de valorizar a essência do ser humano? Suas emoções, sensibilidade, enfim, seu "humanismo"?

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